Há cerca de três anos, quando o desporto sofria uma das suas maiores crises devido à paragem de toda a atividade durante a pandemia, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lançou uma campanha publicitária institucional de grande impacto. “O desporto tem todo o nosso apoio”, era o slogan dessa iniciativa, que procurava demonstrar o compromisso da instituição para com um setor decisivo para a integração e a coesão nacional.
Três anos depois, a braços com problemas financeiros e com uma nova provedora à frente da instituição (a ex-ministra da Saúde Ana Jorge), a Santa Casa acaba de dar, publicamente, um pontapé naquele seu slogan e anunciar um corte nos seus patrocínios e apoios ao desporto. De uma assentada, e numa série de cartas enviadas para diversas federações desportivas, a instituição anunciou que vai rever todos os planos de patrocínios. E isto a menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Paris e no momento em que muitas daquelas federações estão no momento alto da época, com a participação das suas equipas em campeonatos do mundo – como sucede, por exemplo, com o atletismo e a canoagem.