“A China tem muitos empresários bem-sucedidos. Tenho esperança que mais pessoas com visão ponham o seu talento ao serviço da melhoria da vida dos pobres na China e pelo mundo fora, e procurem soluções para os problemas deles”, escreveu Bill Gates num artigo publicado pelo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês (PCC).
O combate à pobreza “requer a participação de toda a comunidade”, acrescentou o fundador da Microsoft, que, pelas contas da Forbes, encabeça a lista dos 10 mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 76 mil milhões de dólares (54,8 mil milhões de euros).
Bill Gates e a mulher, Melinda Gates, são também ativos filantropos, nomeadamente no combate à malária em África.
Na semana passada, um dos empresários mais ricos da China, o fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, anunciou a criação de um fundo de 3 mil milhões de dólares (2,16 mil milhões de euros), destinado a uma organização humanitária centrada no ambiente e na saúde, mas segundo o jornal China Daily, a filantropia ainda não arrancou” na China.
“Alguns chineses ricos receiam que a concessão de grandes donativos pode atrair uma indesejada atenção às suas fortunas”, comentou o jornal, a propósito do artigo de Bill Gates no Diário do Povo.
“O retorno do investimento no combate à pobreza é tão excitante como o sucesso alcançado na área dos negócios e tem até mais significado”, escreveu Bill Gates.
Em 2012, mais de um milhão de chineses tinham uma fortuna superior a 10 milhões de yuan (cerca de 1,2 milhões de euros) e pelas contas da Forbes, no ano seguinte, os cem mais ricos do grupo possuíam, no conjunto, 316,45 mil milhões de dólares (228,2 mil milhões de euros).