“Eu estava gravando uma telenovela (“Duas Caras”) no Rio de Janeiro, em 2008, nas vésperas de completar 60 anos, quando experimentei a maior crise existencial da minha vida. Percebi que nunca me imaginara aos 60 anos e que não sabia muito bem o que fazer comigo dali em diante.
Claro que tudo era mais grave porque eu estava longe da minha casa, em São Paulo, já fazia um bom tempo, dos meus amigos mais próximos, das minhas referências e, last but not least, vivendo na ‘telinha’ o papel de uma mulher sofredora. Passado o dia dos meus anos tudo se apaziguou.
Inevitável??? Relax and enjoy it!
Tenho estado ocupada com tudo o que gosto: viagens, teatro, cinema, leitura, filhos, neta deslumbrante, pilates diário, encontros com amigos, namoro, festas, refeições em casa e em restaurantes e, claro, trabalho, muito trabalho. Dedico-me às gravações de três programas de entrevistas por semana, dois na tv aberta e um no cabo. Também batalho pela produção de um novo espetáculo de teatro de que adquiri os direitos em abril. Isso significa que já estarei bastante ocupada também no próximo ano, quando, então, deverei estreá-lo.
O tempo só nos importa quando temos tempo para pensar nele, esse mistério, essa inevitabilidade. Aliás, só pensei nele agora porque me foi solicitado. E, se me permitem, deixo-os porque tenho muitíssimo a fazer! um beijo e até daqui a uma década, quem sabe??!!”