Do medo de aranhas à claustrofobia, passando pelo medo de palhaços ou receio de alturas. Todos temos medos, mas há um vasto conjunto de fobias, que afetam diariamente um grande número de pessoas, e que são, no mínimo, “peculiares”.
Primeiramente será importante referir que quando se fala em fobias, estas são, geralmente, sentimentos mais fortes e paralisantes do que os medos comuns. Não se trata de sentir uma impressão quando se olha para baixo enquanto se está no topo de um edifício ou da vontade de fugir quando se depara com algum inseto. Acredita-se que cerca de 20% da população mundial sofre de algum tipo de fobia, seja em relação a um objeto ou situação particular.
Apesar do termo – que deriva do grego “Phobos” – significar “medo” ou “terror”, a palavra fobia possuiu um maior significado do que um determinado receio ou reação a um potencial perigo. Geralmente, caracteriza-se pelo estado de pânico total que provoca num indivíduo perante uma determinada experiência ou objeto e que pode ser visto como desproporcional ao perigo real que a situação representa. Ou seja, há um manifestar do medo, de forma irracional, que acaba por impactar a vida da pessoa que o sente.
O diagnóstico de uma fobia baseia-se nos critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, um livro técnico que descreve os vários tipos de fobias e onde se podem encontrar os sintomas que conduzem ao diagnóstico. Segundo o manual, os sintomas para o diagnóstico de uma fobia incluem o medo ou ansiedade em relação a um determinado objeto ou situação, apresentados de uma forma desproporcional ao perigo real e que podem resultar num mal-estar significativo, imediato e persistente na pessoa que a sente. Geralmente, o tratamento das fobias passa pela terapia para ajudar o paciente a aprender a resistir ao medo involuntário e a superar as reações irracionais.
Posto isto, algumas fobias podem ser classificadas enquanto “peculiares”. Desde o medo a joelhos, a pessoas idosas ou a comer manteiga de amendoim, nesta lista – de A a Z – pode encontrar algumas das fobias mais invulgares:
A
- Anatidaefobia – Medo irracional de ser observados por patos ou gansos.
- Araquibutirofobia – Medo de que, ao comer manteiga de amendoim, esta fique presa ao céu da boca.
- Automatonofobia – Medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrónicas e estátuas de cera.
B
- Batracofobia – Medo de anfíbios, como rãs ou sapos.
- Biofobia – Medo ou repulsa incontrolável por tudo o que é vivo.
C
- Cacorrafiofobia (ou, kakorrhaphiophobia no termo original) – Medo de fracassar ou errar.
D
- Dorafobia – Medo de tocar ou sentir a pele ou pelo de qualquer um animal.
E
- Ergofobia – Medo ou aversão ao trabalho (seja este manual, intelectual etc).
- Escopofobia – Receio de estar a ser observado.
- Catoptrofobia – Medo de espelhos e de se olhar ao espelho.
F
- Fobofobia – Medo de ter medos ou fobias.
G
- Genufobia – Medo de joelhos, quer seja os próprios ou de terceiros.
- Gerontofobia – Medo de pessoas idosas.
H
- Hidrofobia – Medo de qualquer líquido
- Hipopotomonstrosesquipedaliofobia – Medo de pronunciar de forma errada palavras muito longas.
- Heliofobia – Medo da luz solar.
I
- Iatrofobia – Medo de ir ao médico ou de atos médicos.
L
- Lachanofobia – Medo de vegetais.
M
- Metrofobia – Medo de poesia.
- Misofobia – Medo de contaminação, sujidade ou germes.
N
- Nomofobia – Medo de ficar sem o seu dispositivo móvel.
O
- Onfalofobia – Medo irracional de umbigos
- Optofobia – Medo de abrir os olhos
P
- Pogonofobia – Medo de barbas.
- Peniafobia – Medo de viver em pobreza
- Pediofobia – Medo de bonecas
Q
- Quenofobia – Medo de espaços vazios
R
- Ritifobia – Medo de ficar enrugado.
S
- Simbolofobia – Medo de símbolos.
T
- Triscaidecafobia – Aversão ao número 13.
U
- Uranofobia – Medo do céu (estrelas, astros ou planetas).
V
- Venustrafobia – Medo de mulheres bonitas ou atraentes.
X
- Xantofobia – Medo da cor amarela ou de objetos amarelos;
Z
- Zelofobia – Medo de sentir ciúmes ou de ser alvo de ciúmes.