Edmundo Martinho lamentou que a internacionalização tenha sido tratada “como se estivesse obrigada a produzir resultados positivos no primeiro dia. Não é assim”, referiu. “Não é possível obter resultados logo, o que no início pode gerar resultados negativos. Isso estava previsto”, garantiu.
O ex-provedor disse ainda que foi por força da interrupção abrupta que os resultados negativos se acentuaram ao longo do ano.
Edmundo Martinho justificou também a compra da sociedade gestora do hospital da Cruz Vermelha, referindo que a Santa Casa foi abordada pela Cruz Vermelha, que queria vender, tendo sido colocada a questão à tutela antes de avançar.
Martinho, que confirmou que a Cruz Vermelha continua a ser a proprietária do terreno e do edifício do hospital, disse ainda que o hospital deveria ser mantido na esfera pública e no setor social e não ir para ao setor privado ou até fechar.
O ex-provedor referiu ainda que “aquela sociedade está a funcionar com resultados positivos. Há muito para recuperar, mas a expetativa é que essa recuperação possa ser feita em dois anos”, afirmou, depois de ter confirmado que a Santa Casa fez reforços de capital e deu garantias bancárias para financiar o hospital.