Atualmente, qualquer pessoa com um dispositivo com ligação à internet tem acesso a email, redes sociais e aplicações diversas, que incluem homebanking, o que se revela um cenário perfeito para as burlas online. É verdade que existem golpes que são fáceis de detetar, como o conhecido caso do “príncipe da Nigéria”, que enviava emails a pedir ajuda para recuperar uma herança, ou de supostas lojas online, com preços muito baixos, que, em vez de fazerem a venda, pedem dados confidenciais de cartões, fazendo com que o utilizador fique sem o produto que pretendia adquirir e.. sem dinheiro. Contudo, existem técnicas elaboradas para enganar até quem costuma ser mais desconfiado. Segundo o site britânico This is Money, existem cinco golpes que podem esta a ser usados em força em 2024.
Conheça melhor estas burlas e saiba como se proteger.
Spear Phishing
Nos ataques de phishing, o criminoso faz-se passar por uma entidade ou órgão reconhecido e envia emails ou mensagens em massa. O objetivo é fazer as pessoas acreditarem que a origem da informação é oficial e levá-las a ações que permitem a partilha de dados. Devido à crescente sensibilização para estes golpes, foi desenvolvida uma nova abordagem à qual se deu o nome Spear Phishing.
Antes de um golpe de Spear Phishing, é feita uma recolha de dados da vítima, através de informações disponibilizadas em redes sociais ou obtidas em golpes anteriores. Em seguida, é elaborada uma mensagem de texto ou feito um telefonema em nome de uma entidade reconhecida, partilhando-se os dados recolhidos anteriormente como forma de dar credibilidade ao contacto, com o objetivo de pedir dados confidenciais.
Saiba que as organizações oficiais não pedem dados confidenciais aos clientes através de chamada telefónica, salvo raras exceções. Se desconfia de um contacto, a recomendação é desligar e ligar para o número oficial da entidade que alegadamente o contactou.
Quishing
Esta técnica é outra forma de Phishing e faz-se valer do uso cada vez mais comum dos códigos QR, que são lidos pelos telemóvel e permitem o acesso a, por exemplo, ementas de restaurantes. A vítima recebe um código QR de uma fonte que tenta mostrar-se como legítima, após o que acede a páginas de login falsas que roubam dados ou conduzem a atividades indesejadas, como compras.
Os códigos QR podem ser enviados por email, mas também podem estar colocados em espaços públicos, como colados em parquímetros. Antes de ler um código QR, verifique a origem, em especial se juntamente estiver uma mensagem para uma oferta tentadora, use um leitor confiável que detete possíveis riscos, verifique o link de destino antes de abrir e não forneça informações confidenciais.
Deepfake e Inteligência Artificial
O desenvolvimento da Inteligência Artificial permite a criação de golpes cada vez mais realistas, uma vez que já existem ferramentas que imitam rostos reais e até vozes. Os criminosos usam estas ferramentas para a desinformação, prejudicar um indivíduo ou criar situações de chantagem.
Naquele que é considerado o maior ano eleitoral da história, devido às muitas eleições que estão a acontecer no mundo, acredita-se que este golpe aumente para disseminar informações falsas nas redes sociais.
A Meta, empresa detentora do Facebook e Instagram, anunciou que vai colocar rótulos em conteúdos que sejam detetados como elaborados com recurso a IA. Ainda assim, deve manter atenção à fonte da informação.
Tapjacking
Combina as palavras “tap” e “jacking” e trata-se de assumir o controlo dos toques que a vítima dá no ecrã do seu telemóvel. Uma aplicação fraudulenta cria dois níveis de ecrã: a imagem que o utilizador vê disfarça a camada de baixo, invisível. Os toques dados no ecrã resultam em ações que o utilizador não controla e que incluem compras e assinaturas de serviços.
Para evitar esta situação, não instale nos seus dispositivos aplicações de origem suspeita, preferindo sempre fontes como a Google Play Store ou a Apple Store.
Anúncios online
Fazer compras em sites de venda de artigos em segunda mão ou em lojas online é cada vez mais comum. Porém, os anúncios de artigos podem nem sempre ser reais, mas sim um método de se obter um pagamento sem que em troca exista, de facto, a venda de um produto.
Antes de fazer uma compra num espaço online novo, verifique o feedback de outros clientes, perceba se o endereço é verdadeiro e desconfie se o preço estiver muito abaixo do que é normal no mercado.