Todos os invernos, a gripe tem as costas largas. E escreve-se todos os anos, porque, excetuando o período pandémico, claro, por estas alturas se regista sempre excesso de mortalidade no País. É caso para questionar se as estatísticas que determinam quantas pessoas se espera que morram em determinada semana não estarão desatualizadas, sem que nelas se compreenda o envelhecimento progressivo da população.
Como não existe – ainda – resposta para esta dúvida existencial, é preciso encarar a situação como sendo, de facto, reveladora de que algo vai mal na saúde, embora se saiba de antemão que se morre mais no inverno e que o frio é um indutor importante dessa realidade.