As coordenadas enviadas “de um número [de telemóvel] seguro” – que hoje utiliza por “estar escaldado”, depois de quase dois anos sob escuta pelas autoridades – conduzem à porta de um armazém térreo numa rua sem movimento, ladeada por vivendas e decorada por sobreiros, situada no interior do Montijo, onde João M. (nome fictício) concordou contar à VISÃO como ergueu um pequeno império a partir da apanha da amêijoa-japonesa.
Passaram-se apenas três meses desde que este homem, 50 anos, foi detido numa megaoperação da GNR de combate ao comércio ilegal daquela espécie. Durante 48 horas, João M. ficou fechado numa cela. O episódio, confessa, “foi a pior experiência” da sua vida. “Para lá [a prisão] não volto”, garante. O tribunal decidirá a seu tempo.