A manifestação teve início pelas 12 horas desta quinta-feira junto à Assembleia da República, em Lisboa, com recurso a latas de fumo e ao som de heavy metal e rock n’roll. Cerca de uma hora mais tarde, centenas de bombeiros sapadores fardados subiram as escadarias e tentaram invadir o Parlamento, mas foram travados por um cordão da polícia.
Apesar da ordem policial para abandonarem a escadaria, os manifestantes continuaram a formar e a libertar fumos de foguetes, acabando por se sentar nos degraus e por cantar o hino nacional. Foram ainda incendiados vários pneus, rebentados petardos e queimado um fato de trabalho dos bombeiros no final da escadaria.
Ricardo Cunha, presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, referiu que não estava prevista esta forma de protesto, em declarações à agência Lusa. A organização esperava mais de mil bombeiros na ação de protesto.
Os bombeiros sapadores reivindicam a regulamentação do horário de trabalho, a atualização do salário, um regime de avaliação específico e outras condições de trabalho.
Também Domingos Morais, vice-presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, em declarações à SIC Notícias, referiu que o Governo não “tomou atenção” às reivindicações dos bombeiros”. “É preocupante termos que chegar a este ponto, mas é uma necessidade que o Governo olhe para este setor e olhe para os bombeiros com respeito e dignidade que merecem”, disse.
Os manifestantes cumpriram, mais tarde, um minuto de silêncio em homenagem aos bombeiros que morreram nos incêndios de agosto no centro e norte do país.
Os bombeiros sapadores prometem continuar na escadaria do parlamento até que sejam ouvidos pelo Governo. Uma nova manifestação foi marcada para dia 10 de outubro.