A Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, funciona com menos oito enfermeiros do que o recomendado nas orientações de segurança. Na prática, para os 37 profissionais que ali trabalham, isso significa horas extraordinárias sem fim e menor capacidade de dar atenção a cada doente, num serviço altamente diferenciado do maior hospital do País.
“Os turnos eram de oito horas, mas tenho estado a fazer urgências de 16 horas, por falta de colegas. Espera-se que em setembro seja pior, porque haverá mais pessoas de férias”, conta a enfermeira Ana Sartóris, que ali trabalha. Na semana passada, assinou um documento a pedir escusa de responsabilidade, entregue à chefia da equipa, à administração hospitalar, à tutela, aos partidos políticos e à Presidência da República.
