Foi um ano deveras preenchido para a família Earnman/Thunberg. Desde há ano e meio que a mais velha iniciou aquilo que hoje conhecemos como o movimento Fridays for Future – um movimento à escola global de jovens, mas também mais miúdos e graúdos, de luta em nome de medidas que combatam as alterações climáticas. Agora, é a vez da irmã de Greta, Beata, se tornar alvo da atenção da imprensa – nacional e internacional.
Aos 14 anos, e com o apoio (e visibilidade da irmã), Beata Mona Lisa Earnman, como se apresenta na sua página de Instagram, já se estreou no mundo artístico com o single Bara Du Vill – nada mais nada menos do que um hino antibullying, durante o qual repete frases como “nunca deixes de acreditar em ti mesmo”. segundo disse numa entrevista à televisão sueca, “Canto para todos os pequenos heróis que se sentem sozinhos”.
Assumindo que quer ser um ícone como Greta, Beata também começou a carreira há pouco mais de um ano, seguindo os passos da mãe, Malena Earnman, uma cantora de ópera que se tornou conhecida depois de representar no seu país no Festival da Eurovisão. Mas essa coincidência temporal não é o pormenor que partilha com a irmã, já que Beata, tal como Greta, também tem traços de Asperger, com deficit de atenção e transtorno obsessivo-compulsivo.
Mas se canta e também dança, provando toda a sua flexibilidade no Instagram, já fez saber que tem um outro objetivo a curto prazo: a sua luta será feminista, dando especial atenção aos direitos das mais jovens. “Os rapazes continuam a ser mais valorizados do que as raparigas. Daí que é preciso dirigir a luta ao patriarcado e a este sistema em que os homens continuam a ter um papel central”. Claro que Greta, que conseguiu gerar amores e ódios um pouco por todo o mundo, já veio a público defendê-la: “Estou tão orgulhosa da minha talentosa irmã.”