“Foi uma sensação agridoce. Estavamos conscientes da situação que se estava a passar em Portugal, estavamos preparados para intervir e ajudar e, por uma questão burocrática, impediram-nos de ir lutar contra um problema grave que acabou com tantas vidas”, lamentou ao El Correo Gallego um dos 60 bombeiros espanhóis que, segundo o jornal, foram travados em Valença do Minho por falta de autorização do Governo português.
De acordo com a notícia no site da publicação, o argumento das autoridades portuguesas foi a falta de capacidade para organizar tanta gente. “Estamos sobrecarregados e não podemos permitir que passe mais ajuda”, terá sido a resposta. “Agradecemos a ajuda, mas hoje não é possível. Daqui a umas horas podemos chamá-los, depois de distribuir de uma forma mais sensata todos os meios”, cita ainda o jornal.
A comitiva espanhola foi reunida “em menos de dez horas” durante a noite de domingo para segunda e incluia dois camiões-cisterna com capacidade para 30 mil litros de água cada um.
“Foram minutos de tensão” na fronteira, escreve o jornal galego, que cita outro bombeiro: “Se não nos queriam na primeira linha, podíamos ajudar muito nos trabalhos do pós-incêndio”.
Já esta terça-feira, o Ministério da Administração Interna anunciou a chegada de 80 bombeiros espanhóis, 40 dos quais da Galiza, para ajudar no combate às chamas em Góis.
(Notícia atualizada às 16h23 de terça-feira, 20 de junho)