Quatro dias antes do casamento entre Ramon Adazzi e Martina, a vila italiana de Acquasanta Terme foi sacudida pelo terramoto que atingiu 6.2 na escala de Richter, tendo ficado parcialmente destruída.
A igreja onde o casamento iria realizar-se foi um dos edifícios danificados pelo abalo. Surgiram rachas nas paredes, os frescos do século XVI ali pintados estão a soltar-se e o altar encontra-se coberto de destroços. O pároco responsável pela igreja teve a tarefa de informar o casal de que esta não reunia as condições necessárias para que o casamento fosse lá celebrado em segurança.
Os noivos andavam a preparar a boda há um ano e Ramon Adazzi quis levar o casamento para a frente. Em conversa com a CNN, o noivo contou que disse à mulher: “Quero celebrar o meu casamento aqui porque eles precisam de outras coisas em que pensar.” Eles são a população da pequena vila, com quase três mil habitantes. O seu amor à terra inviabilizou mudança do local do casamento, adiantou à cadeia televisiva americana.
O casal decidiu então celebrar a união na praça central da vila. Na altura da celebração, a preocupação da noiva passava pelas contínuas réplicas que continuavam a fazer tremer a cidade. “Claro que me encontrava preocupada e nervosa, não queria causar mais problemas à vila”, declarou, aproveitando ainda para elogiar a hospitalidade das pessoas de Acquasanta.