Um estudo concluiu que o frio aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC) até 30%. A descida repentina de temperaturas pode contribuir para o aumento de coágulos no cérebro, potencialmente fatais.
A ligação entre as baixas temperaturas e a incidência de AVCs não é de agora, mas este estudo, publicado pelo European Journal of Epidemology, é o primeiro a afirmar que pequenas alterações de temperatura têm influência imediata no número de acidentes vasculares cerebrais ocorridos.
Os cientistas concluíram que por cada 2.9 graus Celsius que a temperatura desce, o número de acidentes vasculares cerebrais na população sobe cerca de 11% num período de 24 horas. No caso de pessoas com excesso de peso ou fumadores o risco aumenta para 30 por cento. Isto acontece porque “as baixas temperaturas podem causar alterações na circulação sanguínea, aumentando assim o risco de desenvolver coágulos que podem desencadear um AVC ou um ataque cardíaco”, adverte a Fundação britânica do Coração.
Por cá, a Direção-Geral de Saúde recomenda manter a temperatura dentro de casa entre os 19 ºC e os 22ºC e, no exterior, proteger as extremidades (mãos, pés, cabeça), usar roupa adequada e em várias camadas e sem ser justa, por dificultar a circulação sanguínea.
As doenças do aparelho circulatório constituem a principal causa básica de morte em Portugal, sendo que morrem mais de 10 mil pessoas por ano vítimas de AVC.