Paulo Macedo, que falava no final da apresentação de um relatório sobre o trabalho desenvolvido desde que, há uma semana, foi detetado um surto de ‘legionella’ em Vila Franca de Xira, que causou sete mortos e 316 doentes, sublinhou que “a água não oferece problemas, quer em termos de ingestão, como já tinha sido dito, mas também no duche”.
“Não há, neste momento, qualquer problema de sair à rua, de estar no exterior, não há qualquer necessidade de utilizar máscara”, afirmou Paulo Macedo, que aproveitou a ocasião para elogiar o empenho de todos os intervenientes nesta resposta ao surto, nomeadamente especialistas e profissionais como os de saúde.
Segundo Paulo Macedo, que não revelou a empresa em cuja torre de refrigeração foi identificada a bactéria que também esteve presente nos doentes, lembrou que foram feitas análises às três maiores empresas – e a estas porque são as que têm mais torres de refrigeração – só uma tem 12 -, mas também a outros locais como hipermercados ou centros comerciais, “para não deixar pontas soltas”.
O ministro referiu que, numa das torres de uma das empresas – cujo nome não disse – “havia uma forte indicação que podia ser a fonte de contaminação. Passados os testes laboratoriais adicionais, temos uma probabilidade ainda mais forte daquela torre ter uma coincidência com a bactéria identificada nas pessoas doentes”.
O nome da empresa e a causa do surto não foi avançado, por esta ser uma questão em segredo de justiça, face ao inquérito em curso que corre no Ministério Público.
“Não nos vamos precipitar a arranjar um culpado, vamos ter a certeza de que não há outras fontes de contaminação, vamos esperar pelos resultados laboratoriais e continuar com a vigilância epidemiológica”, disse Paulo Macedo.