Rui Rocha está preparado para ir a Loures, nos dias 1 e 2 de fevereiro, fazer da Convenção da Iniciativa Liberal um festejo que lhe renove o mandato e o confirme como líder para mais dois anos, durante os quais se disputarão, seguramente, eleições regionais na Madeira, autárquicas e presidenciais, mas que podem ter também legislativas antecipadas. “O que eu prevejo é que seja uma festa do caminho feito, que seja obviamente um momento de discussão e debate, mas sobretudo de celebração”, diz à VISÃO o líder dos liberais, desvalorizando as críticas internas, que apontam o dedo ao afastamento dos desalinhados, à perda de impacto mediático e ao que o seu principal adversário nesta Convenção, Rui Malheiro, chama de “estagnação eleitoral”.
Quando chegou à liderança do partido, Rui Rocha era um perfeito desconhecido para toda a gente que não frequentava o Twitter e desconhecia os comentários mordazes que fazia à atualidade em 140 carateres. Nessa altura, tinha pela frente Carla Castro, também ela uma quase desconhecida, e a vantagem de ser o candidato que – mesmo não oficialmente – era o mais alinhado com a direção de João Cotrim Figueiredo. A disputa pela sucessão àquele que foi até agora o mais carismático dos líderes liberais – e o que mais aplausos entusiásticos gera sempre que se dirige ao partido – foi alvo de uma atenção mediática pouco comum, tendo em conta a dimensão do partido, mas em linha com a curiosidade que despertava uma força política que parecia em ascensão e que trazia alguns elementos de novidade, até na forma como organiza as suas convenções (com a votação direta de todos os membros que se queiram inscrever e que podem mesmo votar remotamente).