Apurados 99,4% dos votos nas eleições espanholas, o Partido Popular venceu as eleições deste domingo em Espanha, conquistando 136 parlamentares (32,91%), mais 47 lugares, ultrapassando o partido de Pedro Sánchez, o PSOE, que conta com 122 (31,77%), mas consegue, ainda assim, somar dois deputados do que em 2019.
Tendo em conta o cenário, nenhum dos partidos tem votos suficientes para formar governo, o que significa que são precisas negociações entre partidos. Uma das hipóteses é Pedro Sánchez, atual primeiro-ministro espanhol e líder do PSOE, continuar como líder do executivo espanhol, apesar da vitória do PP, com uma coligação de esquerda que foi já apelidada de Frankenstein. A maioria absoluta forma-se aos 176 parlamentares.
Pedro J. Ramirez, conhecido jornalista espanhol, já dá a hipótese de manutenção de Sánchez em Moncloa como certa. Com 98,6% dos votos apurados, o clima é de festa na sede do PSOE.
Na varanda da sede do PSOE, Pedro Sánchez declara: “não passarão!”, mantendo em aberto a hipótese de estabelecer alianças à esquerda.
“Passados sete anos, o PP voltou a ganhar as eleições gerais. Passámos de menos de 21% para 33%”, diz Feijóo, assumindo-se o vencedor da noite. “Com toda a humildade e com toda a determinação, vou iniciar um diálogo para formar governo de acordo coma vontade dos espanhóis expressa nas urnas. Que ninguém tenha a tentação de voltar a bloquear Espanha. A anomalia de não poder governar o partido mais votado só pode significar um bloqueio.”
A abstenção foi de 26,6%, uma participação superior à do ato eleitoral de 2019, que se ficou em 66,3%.