A 5 de julho de 2017, pouco mais de duas semanas depois do incêndio de Pedrógão Grande, o presidente do município, Valdemar Alves, decidiu criar a entidade que ficou responsável pela reconstrução do concelho, o Gabinete Operacional de Recuperação e Reconstrução (GORR). No entanto, segundo documentação obtida pela VISÃO, não o fez de forma regular.
Nesse dia, assinou dois despachos, até aqui mantidos em segredo, com versões contraditórias sobre o assunto: num deles assume a criação do GORR sozinho; noutro é referida a existência de uma reunião, secreta, com mais três vereadores, para lançar a nova estrutura.
O facto é que, de uma forma ou de outra, Valdemar Alves fugiu ao crivo da Assembleia Municipal, que a lei impunha e o próprio autarca reconhecia num dos despachos. Mais: nessa mesma data, o vereador António da Silva Pena (PS) foi excluído da reunião do executivo local e o filho do presidente, Telmo Alves, acabou nomeado coordenador do GORR.
Até ao momento, Valdemar Alves não respondeu aos pedidos de esclarecimento da VISÃO.