O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quinta-feira que vai ponderar no verão de 2020, em função da situação do país, se sente o “dever de consciência” de se candidatar a um segundo mandato.
No dia em que completa um ano de funções, durante uma aula no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, onde foi aluno, o chefe de Estado voltou a remeter uma decisão sobre uma recandidatura para a fase final do seu mandato: “Eu no verão de 2020, portanto, daqui a três anos e meio, mais coisa menos coisa, eu vou pesar a situação que existir em Portugal”.
Em seguida, explicitou o que vai pesar na sua decisão: “Se eu sentir que tenho o mesmo dever de consciência de ser candidato que tive quando fui candidato há um ano e meio, eu sou candidato outra vez. Se eu sentir que não tenho esse dever de consciência, porque o país está numa situação tal em que há outras hipóteses tão boas ou melhores do que eu, não há o dever estrito de ser candidato, eu não sou candidato”.
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que a situação do país será o fator com mais peso na sua análise, embora também tenha de ter em conta a sua situação pessoal.
“Naturalmente tenho de ver se estou de saúde ou não, ninguém sabe, três anos e meio são três anos e meio. Tenho de olhar, portanto, para a minha vida pessoal, para a minha vida familiar, é evidente. Mas, o que vai pesar vai ser obviamente a situação do país”, disse.
O chefe de Estado, que tomou posse há um ano, a 9 de março de 2016, assinalou a data com uma aula no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, onde estudou. Depois, associou-se à associação Cais, juntando-se à venda da revista cujas receitas visam apoiar pessoas em situação ou risco de carência económica e social.
Marcelo considera que cumpriu promessas de proximidade e estabilidade
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que no seu primeiro ano como Presidente da República cumpriu as promessas que tinha feito de ser próximo das pessoas e de tentar estabilizar o país em termos políticos, económicos e sociais.
“Eu penso ter feito aquilo que tinha prometido: estar próximo das pessoas, tentar fazer tudo para estabilizar o país politicamente, economicamente, socialmente, ajudar o sistema financeiro, apoiar o controlo do défice, estabelecer as relações internacionais fundamentais, sobretudo no quadro europeu e da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], e ter sempre presente as comunidades de portugueses espalhadas pelo mundo”, declarou.
Instado a apontar uma marca do seu primeiro ano de mandato, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder que “o próprio nunca tem a noção disso”, mas acrescentou: “Eu acho que talvez o facto de as pessoas saberem que eu faço um esforço muito grande para estar próximo delas, talvez tenha sido o marco”.