Os empresários de Macau, Sio Tak Hong e Leong Su Sam são os mais recentes membros da Fundação Mário Soares a surgir ligados aos Panama Papers através da constituição de duas sociedades em paraísos fiscais. Depois do multimilionário Ng Lap Seng, detido nos EUA acusado de branqueamento de capitais e corrupção de altos funcionários da ONU, estes dois cidadãos chineses também integram a instituição liderada pelo antigo Presidente da República.
De acordo com os ficheiros que o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e a Imprensa têm vindo a divulgar, são seis, até ao momento, as figuras do Conselho Geral da Fundação a aparecerem identificadas nos documentos oriundos da sociedade de advogados Mossack Fonseca, com sede no Panamá. Desde que o escândalo rebentou, e apesar de a propriedade de uma sociedade offshore não ser, à partida, um crime, já vieram a público vários nomes que integram aquele órgão da instituição presidida pelo ex-Presidente da República. O banqueiro Ricardo Salgado e os empresários portugueses Ilídio Pinho e Vasco Pereira Coutinho são os portugueses que o Expresso e a TVI, parceiros do Consórcio, divulgaram.
A VISÃO já tinha também contado a história de Ng Lap Seng.
Quanto a Sio Tak Hong, referenciado na Imprensa de Macau, é também um empresário ligado a diversos interesses imobiliários, sendo um dos representantes da Região Administrativa Especial no Conselho Consultivo do Povo Chinês. O seu nome surge ligado ao polémico empreendimento de luxo previsto para o Alto de Coloane e é diretor do Hotel Fortuna. Quanto a Leong Su Sam, é vice-presidente da Associação Geral do Imobiliário e da Associação Comercial.
Recorde “O Mistério Chinês da Fundação Mário Soares”