Foram vários os lugares que marcaram a vida de D. Manuel I. Numa série em video e podcast, Isabel Stilwell leva-nos a conhecer os sítios importantes para o Rei e que inspiraram o seu novo romance histórico.
7º Episódio
Setúbal, 29 de Agosto de 1484
Setúbal é o lugar de mais um momento de viragem na história de D. Manuel I. Na noite de dia 28 para 29 de Agosto de 1484 é palco de um homicídio trágico, que o vai aproximar ainda mais do trono.
Apesar de D. João II ter puxado as orelhas ao irmão mais velho de D. Manuel, o jovem duque de Viseu, dizendo-lhe que o sabia envolvido na conspiração que levou à execução do duque de Bragança, em Évora, e de o ter avisado que a partir dai o vigiaria como um falcão, aparentemente D. Diogo não quis saber. Ou melhor, terá preferido acreditar que estava suficientemente preparado e protegido para conseguir, de uma só vez, matar o tirano, vingar o cunhado — de quem era muito próximo —, e tornar-se rei de Portugal.
Segundo os cronistas, que obviamente nos contam a versão oficial, D. Diogo e um grupo de nobres insatisfeitos, depois de várias tentativas falhadas, planeava assassinar o rei na praia de Setúbal, quando desembarcasse vindo de Alcácer do Sal, capturando também o príncipe Afonso. D. João II terá sido avisado, optando por fazer o último troço da viagem a cavalo e rodeado pela sua guarda, decidindo então agir rapidamente em defesa da própria vida. Seguro nas “casas” de Nuno da Cunha, pai de Tristão da Cunha mandou chamar D. Diogo, que chegou a tremer como varas verdes. Não era para menos…
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