Elon Musk, fundador da Tesla e da Space X, partilhou, esta segunda-feira, no Twitter um plano que, defende, seria a solução para a paz entre a Ucrânia e a Rússia: em primeiro lugar, o empresário propõe “refazer as eleições sob supervisão da ONU das regiões anexadas. A Rússia sai se essa for a intenção do povo”. A outra medida passa por declarar que “a Crimeia é formalmente uma parte da Rússia, que sempre o foi desde 1783”. Musk propõe ainda “assegurar fornecimento de água à Crimeia” e garantir que “a Ucrânia se mantém neutral”.
No final da apresentação do plano, Musk deixou uma sondagem para os seus seguidores responderem, sendo, até ao momento, o “Não” a opção mais votada, com 59,1% dos votos.
Das inúmeras reações à proposta do fundador da Tesla, destacou-se a do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que criou a sua própria sondagem. Num tom irónico, o líder questionou também no Twitter: De qual dos Elon Musk gosta mais? O que apoia a Ucrânia; O que apoia a Rússia.
O plano de Musk fez com que muitos utilizadores pensassem se este estava do lado russo. Mas para que não houvesse dúvida, o empresário reagiu, na terça-feira: “O dinheiro desembolsado pela SpaceX para ativar e apoiar o Starlink na Ucrânia é, até agora, cerca de 80 milhões de dólares. O nosso apoio à Rússia é de zero dólares. Obviamente, somos apoiantes da Ucrânia”, escreveu Musk no Twitter.
“Tentar recuperar a Crimeia causaria imensas mortes, provavelmente falharia e arriscaria uma guerra nuclear. Seria terrível para a Ucrânia e para a Terra”, acrescentou.
No início da guerra, Musk decidiu apoiar a Ucrânia ativando a rede de Internet por satélite Starlink, fundamental para manter as comunicações no país.
Outra das vozes mais críticas foi a do embaixador ucraniano na Alemanha, Andrij Melnyk, que lhe respondeu no Twitter de uma forma que classificou como “muito diplomática”.