A ativista do clima Greta Thunberg ridicularizou no Twitter as investidas de Donald Trump para impedir a contagem dos votos por correio na passada quinta-feira, copiando o texto de um antigo tweet que o Presidente americano publicou para troçar dela.
A jovem sueca respondeu a uma publicação em que Trump pedia que parassem as contagens, aconselhando-o a resolver “os seus problemas de raiva”.
As palavras de Thunberg foram uma referência direta ao insulto que Donald Trump lhe tinha feito quando fora premiada pelaTime como ‘Personalidade do Ano’, em dezembro de 2019.
Na altura, o presidente partilhou a capa da revista, sugerindo que a jovem 17 anos fosse resolver a sua raiva. “Tão ridículo. A Greta tem de trabalhar no seu problema de gestão de raiva, e depois ir ver um filme à antiga com um amigo. Calma Greta, calma!”
Quase um ano depois – na sequência da teoria da conspiração que Donald Trump alimentou no Twitter sobre fraude eleitoral nos últimos dias –, a jovem ativista recuperou as palavras do presidente dos Estados Unidos. O tweet publicado por Thunberg utilizava o mesmo texto, mudando apenas o nome.
De momento, a publicação de Greta Thunberg no Twitter conta com mais de 1,6 milhões de gostos e 400 mil partilhas.
Esta não é a primeira disputa entre os dois. Em setembro de 2019, na sequência do discurso em que a jovem acusou os políticos de lhe roubarem a infância com promessas vazias durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, Trump ironizou no Twitter: “Ela parece uma jovem muito feliz, ansiosa por um futuro brilhante e maravilhoso. Que bom ver!”.
Em resposta, Thunberg alterou a descrição da sua página pessoal no Twitter para “Uma jovem muito feliz, ansiosa por um futuro brilhante e maravilhoso”.
Em outubro, Thunberg apoiou formalmente a candidatura do democrata Joe Biden, que prometeu o regresso dos EUA ao Acordo de Paris – um compromisso internacional que tem em vista a redução de emissões de dióxido de carbono. A campanha presidencial do oponente de Donald Trump assentou fortemente no combate às alterações climáticas, como se pode ver pelo recente plano que prevê um investimento de 1,7 biliões (milhão de milhões) de dólares em infraestruturas dedicadas à produção de energia limpa ao longo dos próximos dez anos.