Pelo menos seis pessoas morreram e 13 continuam desaparecidas na Guatemala, depois de um rio ter arrastado seis bairros de lata na capital após fortes chuvas, anunciaram na segunda-feira as autoridades de proteção civil.
“Foram encontrados seis corpos (…), dois menores e os outros adultos”, declarou à imprensa o secretário-adjunto da Coordenação Nacional para a Redução de Desastres (Conred, proteção civil), Walter Monroy.
A “inundação do rio arrastou as casas do bairro Dios Es Fiel, situado sob a ponte El Naranjo”, disse anteriormente o porta-voz da Conred, Rodolfo Garcia, afirmando que a subida repentina do nível da água resultou num “reservatório” de água que se formou na sequência de um deslizamento de terras a montante.
Centenas de equipas de salvamento estão a participar nas buscas, que foram suspensas na segunda-feira devido à chuva e serão retomadas hoje, de acordo com o porta-voz dos bombeiros voluntários, Bayron Morales.
Apesar de ilegais, centenas de habitações improvisadas foram construídas nas margens do rio Naranjo, que recebe grande parte das águas residuais da capital.
Milhares de pessoas na Guatemala, onde 59% da população de 17,7 milhões de habitantes vive na pobreza, foram obrigadas a construir casas em zonas de risco, devido à falta de habitação.
De acordo com a Câmara Guatemalteca da Construção e a Associação Nacional de Construtores de Habitações, o país sofre de uma escassez de cerca de dois milhões de casas.
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