Para que não faltasse ninguém à chamada, agora foi a vez do antigo líder do Ku Klux Klan elogiar o candidato da extrema-direita à presidência o Brasil, Jair Bolsonaro.
David Duke utilizou o seu programa de rádio para sair em defesa de Bolsonaro. “Ele parece-se connosco. É, também, um candidato muito forte. É um nacionalista”, disse, citado pela BBC Brasil.
O Ku Klux Klan (KKK) é um movimento americano de supremacistas brancos com raízes que remontam ao séc. XIX conhecidos por usarem capuzes brancos com a ponta em bico.
Duke, de 68 anos, é historiador e ex-membro da Câmara dos Representantes do Louisiana, nos EUA, e raramente fala em público. Além de negar o Holocausto, como o KKK, designa Nelson Mandela como “terrorista”, é antissemita e chegou a dizer que Anthony Bourdain promovia “o genocídio branco”.
Para que não ficassem dúvidas sobre o que pensa de Bolsonaro, ainda acrescentou: “Ele é totalmente um descendente europeu. É semelhante a qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha, Alemanha ou França. Ele fala sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro”.
O candidato brasileiro, que tem negado ser racista, homofóbico e misógino, ainda não comentou as declarações do ex-líder do KKK e não respondeu às perguntas enviadas pela BBC Brasil.
Duke apenas faz uma ressalva ao comportamento (próximo) de Bolsonaro perante Israel, mas diz que, tal como Trump, pode ser apenas um “estratégia”.
“O que ele está a fazer é ser positivo em relação aos judeus nacionalistas de Israel como forma de obter o seu apoio”, referiu no programa de rádio David Duke Show (no site do próprio Duke).