Um novo bloqueio
É o cenário desenhado pela maioria das sondagens, com uma correlação de forças no Congresso dos Deputados semelhante à de 20 de dezembro. Perante essa hipótese, existe a possibilidade legal de se realizarem umas terceiras eleições, no fim do ano, mas parece muito improvável que a União Europeia e os poderes económicos o permitam.
Grande coligação sem Rajoy
É a combinação mais provável, ainda que seja muito complicada: um acordo do PP com o PSOE e o Ciudadanos, com um presidente do Governo que não fosse o atual, que Albert Rivera veta expressamente. O PSOE recusa qualquer acordo com os populares, mas, se tivesse que o fazer, precisaria pelo menos de pedir a cabeça de Rajoy. Os possíveis substitutos seriam a vice-presidente Soraya Saénz de Santamaría, ainda que o Ciudadanos também a vete, a presidente da Comunidade de Madrid, Cristina Cifuentes, e o da Xunta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo.
À valenciana
É assim que Pablo Iglesias define o acordo entre a sua coligação e o PSOE, referindo-se à aliança que governa a Comunidade Valenciana. Seria ainda mais difícil se, como as sondagens anunciam, os socialistas ficarem em terceiro lugar, atrás de Pablo Iglesias, que exigiria ser primeiro-ministro.
À madrilena
Na Comunidade Autónoma de Madrid, o PP governa com o apoio do Ciudadanos, numa aliança de centro- -direita. Era o cenário que as sondagens preconizavam em dezembro mas falhou e agora desapareceu dos inquéritos de opinião.