Morgan Freeman defende a legalização da canábis (marijuana) e diz que foi o consumo desta substância que o ajudou a recuperar do acidente de automóvel que sofreu há sete anos, quando partiu vários ossos do braço esquerdo, do ombro e do cotovelo. As insólitas afirmações ao site norte-americano ‘Daily Beast’ ficaram ainda marcadas pela forma como o ator, de 77 anos, descreveu o consumo desta droga. “Como, bebo, fumo e cheiro.”
O ator revelou que foi por influência da primeira mulher que começou a consumir marijuana, um hábito que manteve até aos dias de hoje. Morgan Freeman defendeu ainda a sua utilização na medicina, argumentando que, ao contrário do álcool, esta substância pode ajudar à recuperação física de pessoas debilitadas. “Tenho fibromialgia neste braço, e a única coisa que me oferece algum alívio é a marijuana.” Freeman destacou ainda a utilização da droga no tratamento de crianças que sofrem convulsões. “Isso aí, para mim, diz ‘legalizem’!”
“Costumavam dizer, ‘fumas isso, rapaz, e ficas viciado!'”, disse o ator que venceu um Óscar da Academia em 2005, pela interpretação no filme Million Dollar Baby. E continuou: “E quais são os efeitos negativos? Olhem para Woodstock em 1969. Eles disseram ‘Não vamos incomodá-los nem dizer qualquer coisa sobre fumar marijuana’, e não houve nenhum problema. Depois, vejam o que aconteceu em 99” referindo-se aos confrontos e às prisões que aconteceram no festival desse ano.
Nos Estados Unidos, o consumo de canábis é um tema polémico. Quatro estados legalizaram o seu consumo, enquanto outros 12 descriminalizaram a sua posse e permitiram a sua utilização medicinal.