“O Presidente sofreu pelo menos um tiro no estômago e dois no tórax”, afirmou uma fonte diplomática à Lusa. “Eles foram disparando até darem conta que ele morreu”, acrescentou a fonte, sublinhando que Nino Vieira foi ainda “vítima de golpe de catana em várias partes do corpo, incluindo a cabeça”.
Uma outra fonte diplomática contactada pela agência Lusa informou que o corpo do chefe de Estado guineense estava situado numa sala da casa com uma porta de acesso às traseiras. Segundo a mesma fonte, o corpo encontrava-se encostado a uma parede ao lado da porta que dava acesso ao exterior.
As fontes diplomáticas afirmaram que a primeira-dama da Guiné-Bissau Isabel Vieira assistiu à morte do marido e que depois o grupo atacante a deixou sair da sua residência, encontrando-se em lugar desconhecido, mas bem.
As mesmas fontes garantiram que o Presidente foi atacado por um grupo de militares e que a guarda presidencial resistiu ao ataque pelo menos durante uma hora.
O grupo que atacou Nino Vieira entrou na residência do chefe de Estado “por volta das 05:30 locais (mesma hora de Lisboa”, disse uma fonte diplomática.
O outro corpo retirado da casa do Presidente “Nino” Vieira era do adjunto de segurança e informações não confirmadas dão conta da existência de mais vítimas mortais durante o ataque.
Fontes militares afirmaram, por seu lado, que na noite de domingo Nino Vieira esteve reunido com militares para discutir a situação provocada no país com o assassínio do chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, horas antes do ataque contra a sua residência.