Cinco em sete. Em sete anos de governação, o Governo bateu a meta de défice em cinco. Agora, os dados para o primeiro trimestre do ano revelaram um excedente nas contas públicas. O primeiro num arranque do ano desde que o INE tem dados, graças a uma receita a acelerar muito mais rápido do que a despesa, o que sugere que o objetivo de défice de 0,4% deverá ser superado, caso não sejam apresentadas novas medidas. Em breve serão seis em oito?
É um mar de dinheiro e Fernando Medina está a nadar nele. Entre uma economia dinâmica e o efeito da inflação, 2023 deverá novamente ser um bom ano para as contas públicas. Numa altura em que se discute uma limitação ao apoio às rendas decidida pelo Governo para evitar um mais elevado custo orçamental, ficámos a saber que as contas públicas portuguesas apresentavam um excedente de 1,2% do PIB no primeiro trimestre do ano. 761 milhões de euros de superavit que se explicam com um forte aumento da receita (9,3%) e uma despesa relativamente controlada (4,3%).