A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) pediu à Autoridade da Concorrência uma análise ao mercado de GPL engarrafado, por ter identificado margens de comercialização elevadas, entre outros problemas estruturais, foi hoje divulgado.
“A ERSE identificou problemas estruturais ao nível do mercado de GPL engarrafado, assente em elevados níveis de concentração e em ganhos acumulados pelos operadores ao longo da cadeia de valor, tendo em conta a integração vertical que caracteriza este setor, bem como os demais vínculos empresariais”, informou o regulador, que publicou hoje o Relatório de Análise do Mercado de Gases de Petróleo Liquefeito (GPL) Embalado 2018-2020.
De acordo com a ERSE, a integração vertical do mercado conduz à prática de margens de comercialização elevadas, que “se revelaram particularmente altas e sem fatores estruturais que o justifiquem, no contexto de fragilidades socioeconómicas decorrentes do estado de emergência decretado”.
O regulador diz também ser frequente os três maiores operadores – Galp, Rubis e Repsol – apresentarem preços alinhados, para certas tipologias de garrafas, traduzindo-se nas ofertas dos preços de venda ao público (PVP) mais elevados.
A ERSE informa que já remeteu o seu relatório à Autoridade da Concorrência, pedindo uma análise com vista à identificação de eventuais práticas ilegais.
MPE // JNM