Depois de Sara Sampaio e Shasam Diniz, a indústria de calçado escolheu Victoria Guerra para mostrar o seu produto ao mundo. O setor, que se tem vendido como a indústria mais sexy da Europa, usa a atriz portuguesa para se ligar às áreas mais criativas, como o cinema, a musica, e a moda.
As imagens da campanha acabam de sair, incluindo um making off das filmagens (ver vídeo), onde Victoria Guerra encarna seis personagens icónicas do cinema e da música, em várias épocas diferentes. Assim são retratadas Betty Page, Sophia Loren ou Rihanna como devotas aos sapatos portugueses.
“Queremos com isto demonstrar que a indústria portuguesa de calçado é camaleónica e está imune às alterações de tendência do consumo”, refere Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS (Associação Portuguesa da Indústria de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos).
E se é certo que 2016 será o 7º ano de crescimento consecutivo do setor, prestes a ultrapassar a barreira dos dois mil milhões de euros de volume de negócios, 1,9 mil milhões dos quais somente em exportações, também Victoria Guerra, 27 anos, tem tido uma carreira cheia de sucessos.
A associação da imagem do calçado à atriz veio a calhar, num momento em que Victoria Guerra acaba de ser selecionada para integrar o grupo dos dez melhores jovens atores europeus, que vai ser apresentado, em Fevereiro, no Festival Internacional de Cinema de Berlim. E depois de ter tido uma participação na comédia romântica Wilde Wedding rodada em Hollywood, no qual contracena com John Malkovich e Glenn Close.
Filha de mãe inglesa e pai português, Victoria Guerra começou a carreira na série Morangos com Açúcar, mas deu nas vistas no filme Cosmos, produzido por Paulo Branco e realizado pelo polaco independente Andrzej Zulawski, vencedor do prémio para melhor realizador no festival de cinema de Locarno.
Continuar a apostar na América, sem medo das políticas Trump
A APICCAPS lançará assim seis pequenos filmes diferentes ao longo deste ano, apostando cada vez mais numa diversificação dos mercados, apesar de ter identificado alguns países extracomunitários com potencial de crescimento: China, Japão, América Latina, Austria e Estados Unidos da América. “Queremos estar um pouco por todo o mundo”, afirma Paulo Gonçalves. “Estamos a fazer o nosso caminho, independentemente das políticas, diz, contornando assim temas mais difíceis, como possíveis alterações de acordos com os EUA na era Trump ou as realidades do Brexit do Reino Unido.
Na verdade, as exportações para os EUA aumentaram 400% nos últimos cinco anos, passando de €12 milhões, em 2010, chegando aos 71 milhões, em nov 2016, devendo fechar o ano nos 80 milhões. Já quanto ao Reino Unido, admite-se a verificação de uma quebra na ordem do 1%.