O primeiro-ministro, Passos Coelho, defendeu hoje que o setor privado fez um ajustamento “muito mais veemente, rápido e profundo” e com maiores “sacrifícios” que a o setor público, constrangido por motivos “legais”.
O chefe do Governo falava na abertura da convenção empresarial “sobreviver e crescer”, promovida pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), no centro de congressos de Lisboa.
“O ajustamento do lado privado foi muito mais veemente, rápido e profundo. Mas nem sempre essa perceção ou as consequências que resultam dela são devidamente apreendidas por toda a gente que intervém no debate público”, argumentou Passos Coelho.
“Choque de expectativas” explicado
O primeiro-ministro admite que o Orçamento do Estado para o próximo ano vai levar ainda mais longe a redução do défice. Passos Coelho explicou esta manhã na Convenção Empresaria, a decorrer em Lisboa, o que quis dizer ontem com “choque de expectativas”. Significa que a austeridade é para manter em 2014, sem qualquer alteração.