São todos do PSD ou do CDS – ou próximos. Alguns já foram ministros das Finanças, outros podiam ter sido e outros podem ainda vir a sê-lo. Todos efetuam intervenções públicas frequentes em matérias económicas e financeiras. Ao longo deste tempo, desde que o Governo tomou posse, a maior parte deles tem vindo a afastar-se das opções de Vítor Gaspar.
O anúncio de uma TSU mais baixa à custa da subida das contribuições dos trabalhadores foi o tema que provocou maior distanciamento destes economistas em relação ao Governo. Mas a elevada carga fiscal, a taxa de solidariedade aplicada aos pensionistas, a fragilidade das políticas de apoio à criação de emprego e a falta de incentivos ao crescimento económico também estiveram na base das suas críticas.
Entre as soluções apontadas, registe-se uma que não depende do ministro das Finanças: “Um Governo mais alargado, formado pelos partidos que estão envolvidos, direta e indiretamente, na assinatura e na execução do memorando de entendimento”, que é como quem diz PSD, CDS e PS. Foi Bagão Félix, conselheiro de Estado e de Paulo Portas, quem o propôs, em declarações à RTP Informação. Este cenário – para o qual muitos têm apontado, nos últimos dias, como consequência de um eventual chumbo das medidas do Orçamento do Estado (OE) para 2013 pelo Tribunal Constitucional – implicaria a intervenção do Presidente da República ou a demissão do primeiro-ministro.
“Se tivermos sentido de Estado, não atiramos a toalha ao chão”, defende, porém, um colaborador do atual Governo.