
Existem, fundamentalmente, 2 espécies de riscos nos mercados financeiros: os riscos sistemáticos e os riscos específicos. Os riscos específicos são relativos a uma dada empresa, sector de actividade, país ou área geográfica. Os riscos sistemáticos, também designados por “risco de mercado”, estão associados a todas as empresas e sectores de actividade. Estes riscos traduzem-se na possibilidade de ocorrência de uma recessão económica ou choques de grande escala, de que são exemplo, nomeadamente, os atentados terroristas, instabilidade política conjuntural, movimentos de taxas de juro, etc.
O investidor prudente considera os diferentes cenários possíveis e diversifica os seus investimentos através de várias classes de activos – acções, obrigações, imobiliário, arte,… – diversos sectores de actividade e distintas áreas geográficas. Deste modo elimina os riscos específicos e reduz de forma significativa o potencial impacto negativo de um risco sistémico (que não pode ser eliminado), maximizando os retornos potenciais através do investimento em diversos activos – não correlacionados – que reagem de forma diversa a um mesmo evento.
Os Fundos de Investimento, eles próprios compostos por diversos activos, constituem uma forma simples, rápida e normalmente barata, de obter uma exposição diversificada. Existem no mercado Fundos de Investimento Mobiliário para praticamente todos os gostos, estilos ou estratégias de investimento.
Pese embora a multiplicidade de instrumentos financeiros existentes e a globalização dos mercados que torna acessível a qualquer um o investimento em qualquer zona do globo, a diversificação não é um objectivo fácil de alcançar. Ela não afasta a necessidade de se efectuarem as melhores escolhas. Por outro lado, a diversificação excessiva produz igualmente um impacto negativo no portfolio. Warren Buffett disse a este propósito, “apenas se torna necessário diversificar muito quando o investidor não compreende o que está a fazer”.