A média das taxas Euribor a seis meses, o prazo do indexante mais utilizado nos empréstimos à habitação celebrados com base em taxa variável, baixou de 5,178 por cento em Outubro de 2008 para 1,668 por cento em Abril, possibilitando que muitas famílias portuguesas passem a pagar prestações mais suaves, uma boa notícia, especialmente, em tempos de crise.
“A facilidade [descida das taxas de juros de referência] do Banco Central Europeu não vai acabar antes da crise”, disse à agência Lusa João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.
No entanto, menos favoráveis são as condições para os novos empréstimos, com os bancos a assumirem o aumento dos juros cobrados aos clientes.
“Nos novos contratos as condições oferecidas pelos bancos não podem ser as mesmas devido aos custos de financiamento no mercado interbancário terem crescido bastante”, justificou João Salgueiro, reforçando que “ao preço a que estão a contratar [o dinheiro] os bancos têm que subir os sprads”.
O presidente da APB disse no entanto que “há melhores condições nos contratos de crédito à habitação mais antigos indexados à Euribor, cujas prestações baixaram muito” graças ao recuo para mínimos históricos das taxas de juro.