O seu melhor salto do ano (vários, até) não chegou para voltar a subir ao pódio nos Jogos Olímpicos, mas Nélson Évora demonstrou no Rio de Janeiro que valeu a pena lutar contra as partidas que o corpo lhe pregou.
Não é vitória moral. O sexto lugar alcançado, com a melhor marca a situar-se nos 17,03 metros, pode não ser o resultado “monstruoso” que o campeão olímpico de 2008 ambicionava, como adiantou em entrevista à VISÃO. Dá-lhe, porém, uma certeza: depois de operações à tíbia e ao joelho, que obrigaram à colocação e remoção de parafusos para curar os ossos, a classificação no Rio de Janeiro devolve-o à elite do triplo salto mundial, da qual tinha estado afastado em Londres, há quatro anos, devido às lesões.
Nélson Évora começou o concurso em ascensão, com um primeiro salto de 16,90 metros, um segundo de 16,93 e um terceiro de 17,03. Mas, talvez pela necessidade de arriscar para poder sonhar com as medalhas, uma vez que o terceiro lugar estava a mais de 50 centímetros de distância, os três últimos saltos acabaram por ser nulos.
O norte-americano Christian Taylor confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro, com um salto de 17,86 metros.