Foi o escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs (1875-1950) que imaginou Tarzan, um dos mais fortes personagens da literatura popular: um homem branco, filho de aristocratas naufragados que morrerão nas costas africanas, criado por macacos e desconfiado da civilização além-selva. Protagonista de uma dúzia de livros bem aceites pelo público, Tarzan teria igualmente muitos rostos no cinema. O mais famoso seria o de Johnny Weissmuller (1904-1984), nadador premiado que acabaria por vestir a tanga do personagem e cunhar aquele chamamento de notas agudas que ecoava pela savana.
Um novo filme agora chegado às salas traz Tarzan para a era dos efeitos especiais: A Lenda de Tarzan, realizado por David Yates, aplica as técnicas CGI às selvas do Congo. Nenhum animal foi ferido durante as filmagens, já que leões, elefantes ou crocodilos são todos virtuais.
O ator sueco Alexander Skarsgard, 39 anos, reconhecido pelo papel do vampiro milenar Eric Northam na série True Blood, é o novo Tarzan, ou melhor dizendo, John Clayton III, Lorde Greystoke, que abandonou a selva há oito anos: sensível mas disposto a lutar para salvar o Congo das garras dos exploradores ocidentais que querem os diamantes de África. Do elenco, constam ainda Margot Robbie (no papel de Jane), Christoph Waltz (o vilão Rom), Samuel L. Jackson (como o enviado americano George Washington Williams), ou Djimon Hounsou (chefe tribal Mbonga). Um filme de aventuras turbinado (demais?) para uma nova geração mais habituada a heróis com capas e superpoderes.