Investigadores da University College de Londres analisaram os dados de 25 mil pessoas dos EUA e Inglaterra com mais de 50 anos e descobriram que as pessoas mais ricos vivem em média mais anos livres de doenças e incapacidades do que os grupos socieconómicos mais desfavorecidos.
Até aos 50, uma mulher rica vive em média 33 anos sem complicações de saúde em comparação com os 24-25 anos estimados para os grupos de mulheres menos ricas. O mesmo acontece com o sexo masculino: um homem rico pode viver de forma saudável 31 anos, mais 8 do que os 22/23 anos apontados para os grupos de homens mais pobres.
Os investigadores justificam estes resultados com os benefícios que os indicadores de riqueza podem trazer para a saúde, seja para reduzir os níveis de stress ou no acesso priviligiado a tratamentos e ferramentas de bem-estar.
A análise não encontrou diferenças significativas no número médio de anos de vida entre as pessoas do Reino Unido e dos EUA: “As desigualdades na esperança média de vida são de magnitude semelhante entre os dois países.” No entanto, não foram apontados quaisquer factores que detrerminam esta realidade.
A equipa de investigação deixou ainda um alerta: “Nestes dois países, os esforços para reduzir as desigualdades na saúde devem direcionar-se para as pessoas de grupos socioeconómicos mais desfavorecidos.”