As famílias Portuguesas pouparam em 2012 mais de 10,5 mil milhões de Euros, valor que não era atingido há mais de 17 anos, desde 1995. Como é verosímel, possível e credível acreditar no Top da poupança dos Portugueses, em cenário de enorme, brutal recessão, crise, depressão e declínio nos países da zona Euro e da Europa dos 28 – agora com a Croácia.
O mercado não cresce, desloca-se, as (estas) poupanças também se conseguem, atingem-se se a meta estiver na ausência do pagamento de juros em empréstimos forçados, a taxas de juro que roçam taxas anuais superiores a 25% ou mesmo 30%. Os Portugueses em 2012, reduziram o peso das suas dívidas, cerca de 80% desses valores foram conseguidos através da redução do peso das suas dívidas, pela diminuição do passivo, da amortização líquida de créditos. Com os juros de que se viram livres, o aforramento foi o que os bancos deixaram de “recapitalizar”; é inconcebível como os juros desses empréstimos ao consumo, de tão usurários, permitiram uma poupança desta ordem de grandeza – Euros 1.050,00 a cada cidadão Português.
Por contraste, o activo das famílias foi reforçado em apenas 2,3 mil milhões de Euros, valor este o segundo mais baixo nos últimos 20 anos. Também pela primeira vez em 17 anos, as famílias Portuguesas retiveram 3,6 mil milhões de Euros, liquídos de numerário e de depósitos. Estes valores são devidos à redução das taxas de juro dos depósitos a prazo, ao aumento das aplicações em obrigações, acções e fundos de investimento; estes contribuiram para a “construção” das poupanças dos Portugueses.
O mercado não cresce, desloca-se; também o mercado financeiro. Os Portugueses poupam quando diminuem o seu passivo, com a amortização líquida dos seus créditos. Da mesma forma, Portugal tem de diminuir o seu passivo, amortizar os seus créditos.
A dívida Portuguesas é de cerca de 200 mil milhões de Euros, a cada cidadão correspondem Euros 20.000,00 Euros. Se todos os Portugueses diminuirem o seu passivo, procederem à amortização líquida dos seus créditos.. acabou-se a dívida. Pode ser que acabem também os bancos.. está aqui (a maior) parte da solução.