Aos 15 anos, já sabia que seria artista plástico. Aos 17 anos, reafirmou essa vontade e entrou para a escola de Belas Artes de Lisboa. Aos 67 anos, Pedro Cabrita Reis, nome maior da arte contemporânea portuguesa, dá-nos a ver mais de 50 anos de trabalho através de obras que foi guardando.
A exposição retrospetiva, que cobre um arco temporal desde o início da década de 1970 até hoje, espalha-se por oito pavilhões da Mitra, em Marvila, ocupando uma área de cerca de 3000 metros quadrados. Intitulada Atelier – enquanto lugar de criação, em permanente transformação –, pode ser vista de quinta a domingo, entre as 14h e as 18h, e é de acesso gratuito.

Entre as 1 500 obras escolhidas do seu acervo pessoal contam-se peças tão variadas como autorretratos, dezenas de esculturas, pinturas a óleo da adolescência, notas escritas à mão, desenhos, assemblages, fotografias e telas de várias dimensões onde, por vezes, a tinta é usada como matéria de construção tridimensional.
A viagem que o público é convidado a fazer quer-se sem legendas, sem folha de sala, sem referências temporais, organização cronológica ou temática. Serve apenas uma boa dose de curiosidade.
Atelier, de Pedro Cabrita Reis > Polo Social da Mitra > Beco da Mitra, Lisboa > qui-dom 14h-18h > grátis