Quando Alexéi Tolpygo (violinista da Orquestra Metropolitana de Lisboa) e Carlos Maria Trindade (músico dos Heróis do Mar e dos Madredeus), se conheceram há cerca de três anos, depressa perceberam que tinham o mesmo passado musical. Ambos tinham tido uma formação clássica, afastando-se do género para criar a sua própria música com sintetizadores, violino eléctrico e softwares. Depois, convidaram a soprano Sara Afonso (voz e teclas), para juntar-se ao grupo.
O projeto Claustro#7 baseia-se numa seleção eclética de repertórios, das músicas originais compostas sobre poemas de trovadores (Cantigas de Amigo, de D. Diniz e outros) à interpretação de peças barrocas para “cravo falso” e violino. As músicas popular e erudita cruzam-se assim num novo trovadorismo, alguns séculos depois de as festas, nos palácios e nos terreiros, serem animadas por trovadores e jograis.
Nesta atuação, interpretam A Penumbra do Mosteiro, com música e letra de Carlos Maria Trindade, e Avuitor (Cantigas d’Amigo), com música de Alexéi Tolpygo e letra de Estevão Coelho (século XIII).
SOBRE O RHI-STAGE
Uma consequência desta era de confinamento forçado foi a profusão de “espetáculos” e da presença de artistas online. Agora esse movimento global está a organizar-se e tenta-se que seja mais justo. Foi a pensar nisso que Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque, lançou a plataforma (e app) RHI-Stage. As iniciais referem-se a Revolution, Hope e Imagination – revolução, esperança e imaginação.
Cada utilizador pode pagar o que entender depois de assistir a espetáculos e a apresentações. O projeto (uma parceria com a VISÃO) alarga-se a várias artes. Ana resume-o assim: “É uma ferramenta que ajuda os artistas profissionais que estão neste momento a fazer espetáculos gratuitos em várias plataformas digitais e não têm forma de serem pagos. Não é um donativo, é um pagamento pelo trabalho dos artistas.”
Além de música, haverá também cinema, literatura e artes visuais. Mais informação em www.rhi-think.com.