O Conselho de Administração da Fundação de Serralves anunciou esta quarta, 27, que Philippe Vergne é o novo diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, assumindo funções a partir de abril. Recorde-se que o museu não tinha diretor desde setembro, altura em que João Ribas apresentou a demissão do cargo, alegando ter existido censura na montagem da exposição de Robert Mapplethorpe, estando, desde então, essa função a ser assumida pela diretora-adjunta, Marta Almeida.
Desta vez, o processo de seleção internacional foi feito através de entrevistas a candidatos de vários pontos do mundo (e não através de concurso), com a assessoria de vários diretores de museus do mundo, entre os quais, estavam dois ex-diretores do Museu de Serralves: Suzanne Cotter (atual diretora do MUDAM, Luxemburgo) e Vicente Todolí (diretor artístico do Pirelli Hangar Bicocca, em Milão, Itália).
Philippe Vergne, 53 anos, curador e crítico de arte, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA) durante quatro anos, até maio de 2018, tendo, no entanto, renunciado ao cargo um ano antes do contrato chegar ao fim (com a duração de cinco anos, terminaria em março de 2019).
No comunicado, Ana Pinho, Presidente do Conselho de Administração de Serralves, define Philippe Vergne como “um notável curador” que “traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o museu e para a coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico.” Já o novo diretor do Museu de Serralves salienta: “É uma honra fazer parte de um museu cujo compromisso para com a comunidade artística internacional, nas suas várias disciplinas, é contínuo e rigoroso, mantendo, ao mesmo tempo, os mais elevados padrões.”
Além do MOCA, Vergne passou pelo Dia Art Foundation de Nova Iorque e, entre a organização de várias exposições monográficas em todo o mundo, foi co-curador da Bienal do Whitney Museum of American Art de Nova Iorque (2006). Licenciado em Direito na Universidade Pantheon-Assas, em Paris, e em Arqueologia e História de Arte Moderna pela Universidade de Paris IV, Sorbonne, foi condecorado, em 2014, com a Légion d’Honneur pelos seus 24 anos de serviço à arte.