Foi por amor à terra que, há 25 anos, um grupo de amigos decidiu organizar um festival em Paredes de Coura, a pequena vila minhota cujo nome se tornou, ele próprio, sinónimo de boa música. Nasceu diferente, este Paredes de Coura, como há muito é simplesmente conhecido, e assim conseguiu manter-se, com uma programação sempre direcionada aos fãs dos sons mais alternativos, esses mesmos que, ano após ano, ali regressam como quem volta a casa, com saudades da música mas também da paisagem e das pessoas. E nem mesmo o cancelamento da islandesa Björk, o primeiro nome anunciado, logo no início do ano, esfriou o entusiasmo, até porque a organização deu a volta, ao anunciar logo de seguida os Arcade Fire, que aqui tocaram em 2005, quando ainda eram pouco mais do que uns desconhecidos. Afinal, “Paredes de Coura é amor”, como já há muito se tornou hábito dizer por quem lá vai. E mais cedo ou mais tarde, todos acabam por regressar um dia, nem que seja 13 anos depois, como é o caso da banda canadiana. A partir de quarta, 15, e até sábado, 18, serão muitos mais os nomes que irão passar pelo anfiteatro natural da praia do Taboão, como é o caso de Curtis Harding, Myles Sanko, Marlon Williams, Slowdive, Jungle, Fleet Foxes e dos portugueses Dead Combo, a partilharem o palco com o norte-americano Mark Lanegan, num momento – mais um – com tudo para ficar na história deste festival.
Como tem sido habitual, Paredes de Coura recebe o público antes da abertura oficial do festival com quatro dias de música, de 11 a 14, no centro da vila. Barry White Gone Wrong, 10 000 Russos, Chinaskee & Os Camponeses, The Black Wizards e Deixem o Pimba em Paz são alguns dos nomes presentes.
Festival Paredes de Coura > Praia Fluvial do Taboão, Paredes de Coura > 15-18 ago, qua-sáb 17h > €50 a €100