
Gal Costa tem uma carreira única que celebra neste espetáculo
Foi ao ouvir pela primeira vez João Gilberto, enquanto este cantava numa rádio o tema Chega de Saudade, que Gal Costa, à época empregada de balcão da principal loja de discos em Salvador da Bahia, decidiu tornar-se também ela cantora. A estreia ao vivo, em 1964, não poderia ser em melhor companhia, no espetáculo Nós, Por Exemplo, onde partilhou o palco com o já então amigo Caetano Veloso e nomes como Gilberto Gil, Maria Bethânia ou Tom Zé. Pouco tempo depois, muda-se para o Rio de Janeiro, onde entra pela primeira vez num estúdio para gravar um dueto com Maria Bethânia, em Sol Negro, para o disco de estreia homónimo da amiga e conterrânea. O primeiro single em nome próprio surge pouco tempo depois e incluía as canções Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano Veloso, seguindo-se os álbuns Domingo (1967), em dupla com Caetano Veloso e o seminal Tropicalia ou Panis et Circencis (1968), com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé.
O disco de estreia, homónimo, surgiria apenas em 1969, numa altura em que Gal Costa era já uma das estrelas mais emergentes da nova geração da Música Popular Brasileira (MPB). Um estatuto que o tempo viria a confirmar, com o seu nome a confundir-se hoje, 50 anos e mais de 30 discos depois, com a própria história da MPB. Uma carreira única que a cantora celebra agora junto dos fãs portugueses, com o espetáculo Espelho D’Água, criado de propósito para esta ocasião e do qual fará parte um reportório de canções tornadas pela sua voz em clássicos intemporais, como o são Baby, Meu Bem, Meu Mal, Modinha Para Gabriela ou O Meu Nome é Gal.
Campo Pequeno > Pç. do Campo Pequeno, Lisboa > T. 21 798 1420 > 10-11 nov, sex-sáb 22h > €35 a €70
Coliseu do Porto > R. de Passos Manuel 137, Porto > T. 22 339 4940 > 12 nov, dom 21h > €20 a €6