Os quase 50 anos de carreira, os mais de 40 discos e os 5 Grammy já arrecadados são apenas um mero resumo da carreira de Ivan Lins, que não faz justiça ao percurso (e ao legado) de um dos mais importantes músicos e compositores da Música Popular Brasileira (MPB). Filho de um militar, formou-se em Química Industrial, mas o destino ficou-lhe traçado quando, aos 18 anos, começou a tocar piano, influenciado pelas sonoridades do jazz e da soul que lhe chegavam dos Estados Unidos da América.
Após algumas aparições em festivais da canção, o primeiro grande êxito chegaria logo em 1970, pela voz de Elis Regina, para quem compôs o tema Madalena. Apesar de ser um exímio pianista e excelente cantor, foi como compositor que este carioca de 71 anos se tornou numa das maiores figuras da MPB, escrevendo e compondo canções para gente tão diversa como Simone, Gal Costa, Emílio Santiago ou Quarteto em Cy. Um reconhecimento que, a partir da década de 80, extravasou também as fronteiras do seu país natal.
Desde então, composições suas foram gravadas por gente tão variada e distinta como Sarah Vaughan, Quincy Jones, Ella Fitzgerald, Carmen McRae, George Benson, The Manhattan Transfer, Sting, Diana Krall, Barbra Streisand ou Michael Bublé. Com discos gravados e editados um pouco por todo o mundo, também em Portugal Ivan Lins já deixou a sua marca: é bastante conhecida a sua velha amizade com Carlos do Carmo e, mais recentemente, gravou com António Zambujo e Cuca Roseta. Sentir-se-á portanto como em casa, nestes dois concertos em nome próprio, para os quais convidou alguns amigos portugueses, como António Serrano e Sofia Vitória. No Porto, terá ainda a companhia de Rui Veloso e de Ricardo Ribeiro e, em Lisboa, a de Paulo de Carvalho e Agir.
Casa da Música > Av. da Boavista, 604-610, Porto > T. 22 012 0220 > 17 mai, qua 21h > €30 a €35
Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > 18 mai, qui 21h > €15 a €50