Por altura do lançamento do novo álbum, Mar Magalhães, inspirado na viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, a guitarrista e compositora Luisa Amaro revela aqui lugares e objetos de afeto
1. Guitarra O instrumento acompanhou Luísa Amaro durante toda a vida. “No Conservatório, e, já depois, com o Carlos Paredes, a guitarra clássica. Mais tarde, comecei a tocar guitarra portuguesa e nasceu uma paixão! É mágica.” As construídas pelas diferentes gerações da família Grácio (a de Luísa, pelo mestre Gilberto Grácio) são uma referência.
2. “Notas de Cozinha de Leonardo da Vinci” “É um livro cheio de surpresas e supremamente divertido”, conta a guitarrista. Os autores trazem à luz o Código Romanoff, atribuído a Leonardo da Vinci, com receitas, regras de etiqueta à mesa e criações de utensílios de cozinha. Uma faceta pouco conhecida do génio.
3. Factor Orbis
O disco do grupo de canto alemão Singer Pur, “é polifonia no seu estado mais puro”. Um exercício de audição próximo da “sublimação plena”
4. Pão de ló da pastelaria Real Pão de Ló
“Foi uma bela surpresa! Um retorno feliz à minha meninice, quando me deliciava com o pão de ló feito pela minha avó. Este é tal e qual!”
5. Mosteiro de Alcobaça Uma sensação de deslumbramento invade Luísa Amaro quando visita o Mosteiro de Alcobaça, testemunha maior do amor de Pedro e Inês: “A depuração das linhas, a imponência, a ausência do supérfluo, onde se respira paz e luz…” Um despojamento que também lhe agrada na música.
6. Estufa Fria, Lisboa Tem memórias de muito pequena, a passear por ali com o pai. Mais tarde, “era onde me tranquilizava do rebuliço do curso de Direito na Católica”. Ainda hoje gosta de se embrenhar pelo jardim. “É outro mundo dentro da cidade.”