Há 15 anos em Lisboa, onde abriu o restaurante Buenos Aires e a Companhia Portuguesa do Chá, o argentino Sebastião Filgueiras continua fascinado com a cidade
1. Palavra do Viajante Sebastião adora esta livraria toda dedicada a viagens, arrumada por países, com guias, mapas e literatura à volta deles e da sua cultura. “Ir lá é uma viagem, sem precisarmos de apanhar o avião”, ensina. Esta semana, já decidiu: vai para a Tailândia à boleia de um livro.
2. Cantinho da Paz Gosta do ambiente parado no tempo, da simpatia da dona, dos bhaji-puri, do caril de camarão. Diz que ajuda a dar personalidade ao bairro, ali perto do antigo Liceu Passos Manuel. Como quem diz que há vida além do eixo Chiado-Príncipe Real.
3. Bénard “O serviço à antiga, os senhores que dobram os toalhetes com jeito, o sítio em si.” Um lugar calmo dentro da confusão do Chiado. “É estar num café como antigamente, com tempo para pensar.”
4. Tartine É o lugar preferido para lanchar da sua filha, Flor, muito por culpa do pão, de produção própria. Sebastião também almoça ali no Tartine, no Chiado, com prazer. “Tinha de entrar nestas escolhas porque é um lugar que eu frequento”.
5. Cais das Colunas Este foi o primeiro sítio em Lisboa a que a sua mulher, Tuxa, o levou. “Não sabia que uma cidade podia transbordar num rio. Essa coisa dos degraus é louca. E o rio bater na cidade…” Um dia, viu como algumas pessoas têm o hábito de ficar ali um bocadinho à saída do emprego e gostou da ideia.
6. Palácio da Ajuda Sebastião percorria os seus corredores fascinado com o palácio cheio de memória, as artes aplicadas e o requinte invulgar, quando lhe disseram que a última casa real portuguesa esteve fechada muitos anos. “Foi como fechar uma caixa de música e voltar a abri-la”, compara.