Sete anos após a abertura do Origens, pelas mãos do chefe Gonçalo Queiroz e da sua mulher e sommelier, Eugénia Queiroz, notam-se algumas diferenças na carta e no restaurante. “Foi uma evolução natural, apostámos mais na comida de autor, numa apresentação mais respeitadora da natureza do produto e na oferta de vinho de copo”, dizem os responsáveis e assinalam os clientes que habitualmente se sentam à mesa, vindos maioritariamente de fora da cidade.
“Também introduzimos o menu de degustação (de três ou cinco momentos), que no início não existia, e uma oferta maior de pratos vegetarianos porque sentimos essa procura”, reforça o chefe.
O à Brás de farinheira, cremoso e cheio de sabor, é um clássico da casa e da carta, onde por esta altura se destacam sugestões para picar como os figos frescos flamejados com moscatel de Setúbal, presunto, rúcula e amêndoa e a sopa fria de melancia com queijo de ovelha de Nisa. “Faço comida de conforto de raiz alentejana e gosto de trabalhar a microestação, de pegar em ingredientes como a nêspera e a cereja e transformá-los na estrela de um prato junto a uma proteína, retirando-lhes o máximo de sabor”, diz Gonçalo Queiroz.
Na pequena sala cabem 24 comensais e a cozinha está à vista. É daí que vemos chegar a presa de porco alentejano cozinhada lentamente no forno acompanhada de migas de tomate e pimentos e o polvo com toucinho de porco fumado servido com um puré de grão suave. Mas há mais por onde escolher, seja o peixe do dia confecionado no forno, o lombo de vitelão mertolengo ou uma refeição feita só de petiscos.
Se a escolha passar por um prato de carne, é certo que Eugénia trará à mesa uma caixa recheada de facas, todas diferentes, para o cliente escolher com qual quer comer. Nas suas mãos estão também os vinhos, todos produzidos no Alentejo. Aliás, na carta sugere-se confiar na escanção, uma excelente dica para que tudo saia perfeito.
Origens > R. de Burgos, 10, Évora > T. 266 704 440 > ter-sáb 12h30-14h, 19h-22h