As famosas amêijoas à Bulhão Pato na cafeteira e o cesto de pão torrado com manteiga deram um gosto especial ao nosso desejado regresso ao Pinóquio. Ao nosso e, a avaliar pelas mesas vizinhas, ao de muitos clientes, a maioria habituais, ali tratados como família. “Há pessoas que trabalham aqui há quase 40 anos”, há de dizer-nos Lourenço de Mello Breyner, o atual proprietário do restaurante e cervejaria lisboeta. “É a esta equipa experiente de funcionários, aliada à boa confeção dos pratos e aos produtos de qualidade”, garante, que se deve o sucesso da casa, aberta a 13 de maio de 1982, pelos irmãos Filipe e João Costa, na Praça dos Restauradores.
Agora, à nova decoração juntam-se duas salas no piso térreo e uma esplanada maior – de 60 passou para 120 lugares sentados. De resto, nada mudou no restaurante inaugurado há 40 anos, no mesmo dia em que o Papa João Paulo II passou bem perto da sua porta. E que bom é poder voltar à casa original do Pinóquio (deve o seu nome a uma antiga loja de brinquedos que ali existia), três anos depois de se ter mudado para a Rua de Santa Justa, enquanto decorriam as obras do novo Hotel Blue Liberdade.
Às já citadas amêijoas à Bulhão Pato (€31), que chegam da Ria Formosa e são confecionadas a vapor, com molho feito a preceito, juntam-se outras duas especialidades: o pica-pau (€26,50) e o camarão da nossa costa (€85/kg). Apostam em diversos mariscos – sapateira, lagosta, carabineiros… – e também na garoupa, servida em massada ou em arroz (a partir de €26,50), ou ainda na sua cabeça assada no forno, grelhada na brasa ou cozida (€39/kg). Mas há mais pratos que fazem parte dos pedidos frequentes, como o bacalhau no forno à saloio (€29) e as costeletas de borrego no churrasco (€27), a nossa escolha. Como diz o ditado popular, “o bom filho a casa torna” – e nós havemos de voltar para saborear o pica-pau com uma cerveja fresca, bem tirada!
Pinóquio > Pç. dos Restauradores, 79-80, Lisboa > T. 21 346 5106 > seg-dom 12h-23h