À chegada ao Boa-Bao, acabado de abrir na Rua da Picaria, o néon vermelho na porta antecipa o ambiente que encontraremos lá dentro. Servidos de um dos cocktails mais pedidos, o Bao Uau (com um leve sabor a citrinos), iniciamos a “viagem” às cozinhas tradicionais do Laos, Vietname, Tailândia, Camboja, Malásia, Indonésia, Filipinas, Coreia, Japão e China, num ambiente decorado com madeiras toscas, guarda-sóis balineses e soldados de terracota, a fazer lembrar as cantinas de Saigão dos anos 20.
O Porto segue a mesma ementa do restaurante que, há pouco mais de um ano, o casal Gregg Hupert e Nathalie (ele norte-americano, ela holandesa) e o chefe de cozinha belga Chris Gielen abriram em Lisboa, com a mais-valia de ter o dobro do tamanho: são 300 metros quadrados, 130 lugares. Os três sócios querem servir “a cozinha asiática tradicional de um continente pelo qual são apaixonados”, diz-nos Isabel Esteves, responsável de marketing. Prove-se então o dim sum, vegetariano ou de camarão (€8,50), o rolo vietnamita goi cuon (€9), as tiras fritas de carne de vaca seca com sésamo (€8,50), o muc chien mam me (lulas fritas com molho de tamarindo, €8), ou o bao (os pãezinhos cozinhados ao vapor, que dão nome ao restaurante) de pato à Pequim ou de camarão (€9).
Há também uma série de opções de sopas grandes (a partir €12), como a cantonesa de wontons com noodles de ovo e porco ou o hanoi phö, um caldo vietnamita de carne de vaca com noodles de arroz; e de cozinha no wok, como o pad thai com vegetais, noodles de arroz e camarão (€16) ou o japchae, uns noodles coreanos de batata-doce com carne de vaca (€14). As sobremesas não seguem a culinária asiática à risca – à exceção de jian dui, umas bolas fritas de arroz glutinoso envoltas em sésamo com ouro puro comestível (€6,50) –, mas misturam aromas orientais, como o gengibre na mousse de chocolate ou o manjericão e a erva-príncipe no delicioso crème brûlée de coco.
Boa-Bao > R. da Picaria, 61, Porto > T. 91 004 3030 > dom-qua 12h-23h30, qui-sáb 12h-00h30